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Fomos dominados pelo populismo socialista

Opinião de Diogo Graça no Observador
Durante 8 anos de governação conseguiram chegar ao cúmulo de fechar hospitais e urgências. Conseguiram uma estagnação social e económica enorme que só quem não sai à rua e não fala com pessoas é que é capaz de contrariar. Conseguiram convencer 30% dos jovens a emigrar. Conseguiram chumbar inúmeras propostas que agora apresentam como grandes bandeiras.

Com 2 anos em maioria absoluta, conseguiram uma degradação, nunca antes vista, de todos os serviços públicos e das instituições públicas. Conseguiram “cortar as pernas” a todos aqueles que anseiam pela sua liberdade, pela sua emancipação, pelo seu desenvolvimento aumentando a dificuldade de poupar, de investir e de consumir.

Conseguiram destruir o melhor elevador social: a escola e o trabalho – a 2 meses do final do ano lectivo há mais de 40.000 alunos sem professores e 346.000 pessoas em situação de desemprego.

É absolutamente vergonhoso! Um verdadeiro atestado de incompetência.

Agora, que são oposição, enchem o peito de ar e apregoam que estão cá para salvar a Pátria.

A somar a tudo isto, durante 8 anos, conseguiram encher as televisões e os jornais com casos e casinhos de compadrio e suspeitas de corrupção. De lembrar que o anterior governo socialista teve mais de 10 demissões, inclusive a do actual secretário geral do PS, Pedro Nuno Santos.

Este partido socialista já mostrou o que vale: absolutamente nada.

O Chega (CH) tudo quer, nada pode, nada teme e parece que pouco sabe, o que corresponde ao pináculo do populismo.

Quer dar tudo a todos, sabendo que não é possível. Senta-se, confortável, na narrativa de que estão contra tudo e contra todos e que querem “limpar Portugal”, esquecendo que são parte do sistema e que o seu grande motor é, precisamente, a presença nesse sistema.

Consegue-se ouvir do CH que o cargo de Vice Presidente da Assembleia da República (VPAR) é um “tacho”, pois bem, é preciso lembrar que o Chega tem um VPAR.

São contra os “grandes ordenados dos políticos”, pois bem, é preciso lembrar que o deputado Pedro Frazão, faz parte do Conselho de Administração da Assembleia da República.

Este ataque a todo e qualquer cargo público, não ocupado por membros ou nomeados do Chega, não tem qualquer cabimento.

Será que os cargos deixam de ser tachos quando ocupados por membros do CH?

Avaliando as propostas do CH, rapidamente se percebe que são, novamente, propostas socialistas. Tanto é, que têm inúmeras propostas iguais às do PS e não será por acaso que serão aprovadas. Prova disso, é a grande transferência de eleitores do Partido Socialista para o Chega nas últimas eleições. A matriz socialista está lá, o aumento da despesa pública e o aumento da dependência do Estado fazem parte tanto do PS como do Chega.

Choram coligações, choram negociações e, em dois meses de governo, já vimos o Chega voltar com a sua palavra atrás pelo menos 3 vezes.

Tanto o Partido Socialista como o Chega não são partidos confiáveis.

Estamos a ser domados pelo populismo socialista. A coerência pouco importa quando é a incoerência que dá votos. Para estes dois partidos não interessa se hoje dizem “sim” e amanhã “não” ao mesmo assunto. O que trouxer mais votos no momento, é o que eles defendem. Isto não é sério. Não ajuda a aproximar os agentes políticos das pessoas e cria ainda uma maior divisão entre os portugueses.

O discurso destes dois partidos é semelhante e nada de bom traz ao futuro de Portugal. Se um Partido Socialista era mau, dois é a receita certa para o abismo.. Principalmente quando um deles tem tiques autoritários, xenófobos e racistas.

Portugal merece mais, Portugal merece melhor.

É importante que estes partidos, mais estadistas, percebam que o dinheiro não é do Estado, é das pessoas, dos contribuintes. Têm que perceber que não estão a brincar com dinheiro do monopólio, estão a trabalhar com o dinheiro das pessoas. E vão ter que se habituar que essas pessoas vão querer saber onde, como e quando está a ser gasto esse dinheiro.

Pede-se exigência, pedem-se contas certas com resultados certos, pedem-se pessoas sérias e integras à frente do país.

Não nos podemos esquecer do que é urgente!

É urgente pôr o SNS a funcionar, retomar as parcerias público-privadas na saúde, dar a possibilidade a toda a gente de acesso à saúde e a tratamento por igual. É urgente dar autonomia às escolas para que estas possam suprimir as dificuldades que têm, ou pelo menos minimizar os danos. É urgente reduzir impostos para que as pessoas possam decidir o que fazer com o dinheiro, que conquistam com o esforço do seu trabalho e para que as empresas consigam pagar mais e melhor. É urgente termos concorrência na ferrovia e em outros serviços de transporte para que o serviço seja melhor e com preços mais justos. É urgente fazer uma reforma estrutural na função pública. É urgente diminuir a despesa do Estado.

Os portugueses são tão capazes, ou mais, do que outros povos europeus. O Estado tem que deixar de controlar tudo.

Precisamos de liberdade.

Publicado no Observador
Fomos dominados pelo populismo socialista
Diogo Graça 14 de maio de 2024
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